E mais nada havendo a dizer, calaram-se no silêncio da noite. Incrédula no presente, fechou os olhos, para dar vida ao que a fazia sofrer…
Sentiu um toque, um beijo na cara… (“não quero abrir os olhos” - pensava) tinha medo do que podia ver… ele avançou… mas, hesitou e recuou. Já as lágrimas escoriam pela cara.
Não aguentara mais… a sua presença naquele local era fútil… tentou virar costas mas seus pés estavam presos! Faltava algo…
Ele aproximou-se dela… era sua vez de falar… no entanto não sabia o que dizer… tocou-lhe na cintura (sabia que ela estava prestes a ir embora) e disse baixinho “espera, preciso de ti aqui…”... (“Desculpa, tudo o que te fiz, perco-me nos teus olhos, vejo-me nos teus lábios, não mereço estar sequer perto de ti, o que te fiz, faz de mim a pior criatura. Desculpa por, em um dia da minha insignificante vida te ter feito sofrer, mas deixa-me olhar-te uma ultima vez, deixa-me sentir teus lábios um ultimo momento… manda-me embora depois disso… dá-me aquilo que eu fui incapaz de te dar…”), mas, não lhe disse uma única palavra… ele aproximou seus lábios dos dela, ela não queria mas o coração falou mais alto, deixou-se beijar…
Ela parou, e lhe disse simplesmente “até nunca…”
Um adeus para ...
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